"Sou Primeiro um cidadão e depois um artista." Luís Sepúlveda

Em 1938 a Liga de Escritores Americanos publicou o questionário "Writers take sides". Perguntavam:
-Está a favor ou contra Franco e o fascimo?
Em 400 respostas, 1 a favor e 2% sem opinião.

E hoje?

É a favor ou contra os muros que se estão a crescer em Israel e na fronteira do México?
É a favor que se enforque quem quer que seja?
Consegue viver com o pouco importantes que já se tornaram as mortes no Iraque para a sua vida pessoal?

Ou mais "de vizinhos":

Suporta que não haja verdadeiro investimento público na Cultura em Portugal?
Acha bem que se fale em cortes de subsídios quando muitas vezes ainda não há nada feito para a democratização do acesso ao saber?
Será razoável que os departamentos de cultura das Câmaras Municipais tenham funcionários que não sabem nada do ofício que supostamente dirigem?
Será razoável que nas bibliotecas trabalhem pessoas que não leiam?

Ou qualquer que seja a causa. A sua. E isso deve excluir as suas memóriazinhas de infância ou as cartas de biju que trocou com a sua amada, se depois não se coibe de achincalhar uma qualquer proposta de progresso ou não se importa de se comportar como um escroque com quem priva.

Anna Politkóvskaya deu a vida por dar voz.

E nós? Não somos do seu "planeta"?