7.3.07

Para tocar-me tenho que encontrar as tuas maos


"Quando ouço ao telefone a voz que brinca
e canta, sem saber, os dias novos,
pouco me importam tempo, espaço, luas,
ou maneiras sequer de ser humano.
Vagueio pelo ar, e arranco estrelas
ao cenário sem fim do universo;
e faço pobres contas aos cabelos
depenados no chao, verso após verso.
Nada é real, senao o meu desejo,
nem sei de lei nenhuma que nao dobre
a dura mansidao da tua boca;
inventou-nos un deus, para que seja
veloz o lume na manha sem nome,
e chama viva a voz que nos consome."
Duende António Franco Alexandre

Add to Technorati Favorites